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Seminário virtual vai debater alguns personagens da Independência do Brasil na Bahia dias 5 e 6/jul



O Instituto Geográfico e Histórico da Bahia realiza nesta terça-feira (05) e na quarta-feira (06), a partir das 16 horas, um seminário virtual sobre alguns dos personagens da “Guerra pela Independência do Brasil na Bahia”, que culminou no 2 de Julho, data em que, no ano de 1823, os militares e civis portugueses que ainda resistiam à independência deixaram a Bahia.


Este seminário é um desdobramento da exposição que está montada no “Panteão Pedro Calmon”, na sede do IGHB, desde ontem (02) e que apresenta as imagens de alguns desses heróis e heroínas que lutaram para libertar o Brasil. A exposição, que pode ser visitada das 14 às 17 horas na sede do IGHB (Piedade) e o seminário, visam proporcionar aos baianos a oportunidade de conhecer de perto as imagens dos homens e mulheres que tiveram um papel decisivo na epopeia do 2 de Julho e que contribuíram, de alguma maneira, para a vitória na guerra que consolidou a Independência do Brasil.


O seminário, que será transmitido pelo canal youtube.com/ighbba, vai traçar um perfil histórico de alguns nomes que tiveram um papel de relevância no processo de conquista da Independência do Brasil, notadamente ligados à guerra travada em Salvador e seu Recôncavo. A cada dia do seminário serão abordados três personagens.


No primeiro dia, terça-feira (5), o jornalista e pesquisador do IGHB, Jorge Ramos, vai falar sobre Francisco Gê Acaiaba de Montezuma, combativo jornalista do “Diário Constitucional” e vereador em Salvador, que fazia oposição feroz ao brigadeiro Madeira de Mello, comandante dos portugueses que tentaram impedir a independência do Brasil. Madeira de Mello é justamente o segundo personagem tema do seminário. A sua biografia e as circunstâncias em que atuou será tratado pelo historiador Manoel Passos, autor de “O processo da Independência no Recôncavo Baiano”, fruto do Mestrado em História do Patrimônio pela Universidade do Porto (Portugal).


O historiador cachoeirano Cacau Nascimento, também professor e mestre em História, tratará do “Barão de Belém”, último personagem desse dia. Rodrigo Falcão Brandão, recebeu o título de nobreza justamente por sua participação na guerra. Ele era Coronel de Milícias e à frente de 200 homens marchou para Cachoeira, assegurando que a vila aclamasse, em 25 de Junho de 1822, Dom Pedro “Defensor Perpétuo do Brasil”. Mais tarde ele participou de várias batalhas, como a de Pirajá.


No segundo dia, quarta-feira, o seminário vai enfocar a Sóror Joana Angélica, mártir da Independência. Ela foi assassinada por soldados portugueses no Convento da Lapa, em Salvador, em fevereiro de 1822. Os militares acreditavam que no convento estivessem escondidos brasileiros, contra quem lutavam nas ruas de Salvador. A vida de Joana Angélica e o seu martírio serão enfocados pela professora e mestre Antonia Santos, pesquisadora do tema. O segundo personagem a ser tratado no segundo dia será o “Tambor Soledade”, ferido no ataque da barca canhoneira portuguesa à então vila de Cachoeira, em 25 de junho de 1822, episódio que marca o início da guerra. Ele terá a sua biografia traçada pelo historiador Igor Roberto de Almeida, mestre em História Social pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB), cuja dissertação foi “Manoel da Silva Soledade: a emblemática figura do 25 de Junho”. O “Tambor Soledade” era negro e a figura ensanguentada dele ocupa o centro da célebre tela “O Primeiro Passo para a Independência”, de Antonio Parreiras.


Por fim, a professora Antonieta D’ Aguiar Nunes, mestre e doutora em História, falará sobre Maria Felipa. Trata-se de um personagem emblemático da guerra. Negra que vivia da atividade de catar mariscos para sobreviver, muito provavelmente analfabeta, ela liderou um grupo de mulheres igualmente humildes que impediu o desembarque de soldados portugueses na Ilha de Itaparica.


No site www.ighb.org.br estão abertas as inscrições para a primeira turma do curso História da Bahiadeste ano. As aulas acontecem de 11 a 15 de julho, das 14h às 18h, no auditório do IGHB e serão ministradas pela professora doutora Antonietta D´Aguiar Nunes. O investimento é de R$ 50,00 (cinquenta reais) e a carga horária de 20 (vinte) horas com direito a certificação.





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