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Historiador Jair Cardoso lança "Nos Caminhos do Fogo Simbólico..." dia 30 de novembro, no IGHB

O associado, historiador e professor Jair Cardoso vai lançar no dia 30 de novembro de 2023, das 17h às 20h, na sede do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, o livro “Nos Caminhos do Fogo Simbólico: Uma História da Independência do Brasil na Bahia e ecos de outras Histórias”.

Trata-se de uma obra histórica escrita em uma abordagem inovadora, mesclando os fatos ocorridos durante os difíceis anos das guerras do povo baiano contra os portugueses em 1822 e 1823, com a cerimônia do Fogo Simbólico da Independência, cuja chama percorre os caminhos de liberdade do Recôncavo da Bahia a Salvador, desde o ano de 1959. Nessa junção do passado e presente, o autor arrisca-se, também, a trazer à baila os lampejos de fatos que hora ocorriam nestes territórios, pari passucom as passagens dos atletas por estas pairagens.


Na década de 1820, diferentemente do que aconteceu em diversos países da América Latina, o Brasil declarou a sua independência no Centro-Sul do país, de forma pacífica. Entretanto, em algumas províncias mais ao Norte-Nordeste, como a da Bahia, o seu povo precisou se organizar, pegar em armas e lutar para consolidar em seus territórios essa separação de Portugal e integrar-se ao território nacional.


Salvador tomada pelas tropas do general português Madeira de Melo, inúmeros dos seus moradores se puseram em fuga para as vilas, freguesias e povoados do Recôncavo. Cachoeira, São Félix, São Francisco do Conde, Santo Amaro, Maragojipe,Madre de Deus, Candeias, Simões Filho,Itaparica, Nazaré, Cruz das Almas, São Gonçalo dos Campos e Santo Antônio de Jesus, dentre outros territórios, receberam os soteropolitanos que, juntamente com os seus habitantes, se organizaram em um governo da Bahia que se queria livre, em Cachoeira, a 116 quilômetros de Salvador.


A corajosa participação destas cidades do Recôncavo nos episódios das guerras e também as suas orgulhosas comemorações à vitória do 2 de Julho de 1823, é resgatada com bastante ênfase nos capítulos do presente trabalho. O leitor verá, também, parte da história dessas importantes comunas nas páginas deste opúsculo, a começar por Cachoeira,“a mais rica, populosa e uma das mais agradáveis vilas de todo o Brasil” no século XIX.


Organizando-se em batalhões, os seus habitantes cavaram trincheiras, postaram-se em sentinelas e se armaram para enfrentar com muita coragem as tropas portuguesas, melhor equipadas e treinadas, vencendo-as.Os confrontos mais sérios ocorreram em Salvador, na Batalha de Pirajá, em Cachoeira, Itaparica e na saída desta ilha para o continente, na passagem do Funil, conforme aqui retratado.


Uma das estratégias mais inteligentes dos revoltosos baianos foi o cerco alimentar terrestre e marítimo às tropas portuguesas na sua capital, que funcionou, pois Salvador dependia para a sua sobrevivência dos gêneros produzidos no Recôncavo, no Sertão e em outros mercados.


Uma guerra sui generis no Brasil oitocentista, reunindo negros livres e escravizados, indígenas, mulheres, adolescentes, brancos pobres, brancos ricos e mercenários estrangeiros, a campanha pela independência na Bahia se tornou vitoriosa em 2 de julho de 1823, quando as tropas portuguesas, cercadas, atacadasem suas posições e sem alimentos, abandonaram Salvador. Neste mesmo dia, ocorreu a entrada na cidade das pessoas simples, que se transformaram em soldados e soldadas para libertá-la, depois de passar (ou passarem?) por um arco do triunfo confeccionado pelas freiras do Convento da Soledade, na hoje conhecida Estrada da Liberdade.


Nos caminhos de liberdade do Recôncavo, em mais uma forma de celebração da vitória alcançada em 2 de julho de 1823, os baianos criaram o dispositivo do Fogo Simbólico. Saindo da Cidade Heroica de Cachoeira e passando festivamentepor Saubara, Santo Amaro, São Francisco do Conde, Candeias e Simões Filho, durante dois dias a sua tocha é alegremente conduzida por atletas profissionais e amadores, que se revezamaté o Panteão de Pirajá, em Salvador, simbolizando a devolução da chama da liberdade pelo Recôncavo à sua eterna e insofismável capital.


Neste ano de celebração do bicentenário das guerras de independência do Brasil na Bahia, os municípios de Lauro de Freitas, Camaçari, Dias d´Ávila e Mata de São João, que também participaram das lutas de construção da liberdade política do país, também passaram a integrar este circuito, iluminando outros caminhos de liberdade que consagraram a união entre Salvador e o Recôncavo.


O IGHB apoia o lançamento do livro e é uma das instituições apoiadas pelo programa Ações Continuadas a Instituições Culturais, iniciativa da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA) através do Fundo de Cultura da Bahia (FCBA). Funciona de segunda a sexta, das 13h às 18h.


SERVIÇO

30 de novembro de 2023, das 17h às 20h

Lançamento do livro do historiador Jair Cardoso, “Nos Caminhos do Fogo Simbólico: Uma História da Independência do Brasil na Bahia e ecos de outras Histórias”

Valor: R$ 50

Sede do IGHB – Avenida Joana Angélica, 43 – Piedade

www.ighb.org.br

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