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22 de junho - Exposição "Olhares sobre as Igrejas"

IGREJA DE SÃO PEDRO DOS CLÉRIGOS

A Igreja de São Pedro dos Clérigos na Bahia foi construída pela Irmandade da mesma designação, criada no século XVI, no período do bispo D. Antônio Barreiros. Os primeiros irmãos construíram uma igreja junto à antiga Sé Primacial, demolida em 1933.Essa Irmandade de São Pedro dos Clérigos teve autorização de construir sua igreja em 1709, junto ao Colégio dos Jesuítas, mas só em 1741 receberam o dote do Rei D. João V, o qual, por força do Padroado, o doava como subsídio para obras desse gênero. A construção só foi finalizada no século XIX, quando foram completadas a fachada e a torre. Ambas têm características mais simples próprias do tempo em que foram terminadas. Internamente se nota que, como as demais igrejas, umas total, outras parcialmente, a Irmandade adotou as características da transição entre o estilo rococó e o neoclássico. Este último estilo, adotado depois do Concílio Vaticano I, desobrigou as igrejas de manter um Cristo Crucificado como principal componente do altar-mor. Essa igreja exibe a Imaculada Conceição e os santos comemorados num só dia, São Pedro e São Paulo, nos altares colaterais. Nos altares laterais, estão Nossa Senhora das Portas do Céu e Santo Elói. O teto, recentemente pintado de azul com óculos emoldurados com frisos pontiagudos, contém uma pintura central, ilustrando a figura de Jesus e São Pedro, quando este recebeu a incumbência de edificar a Igreja Católica. Como várias outras igrejas, recebeu intervenções recentes.

IGREJA DE NOSSA SENHORA DA PALMA

A Igreja da Palma começou a ser construída em 1630, como pagamento de promessa de Bernardino da Cruz Arraes, que se recuperou de doença. O conventinho e a Igreja definitiva tiveram sua construção iniciada em 1670. O conjunto pertenceu, até 1778, à Ordem dos Agostinhos Descalços. Nessa data esses religiosos foram retirados do Convento e ali se instalou um Hospital Militar. Posteriormente, o conjunto foi doado à Irmandade do Senhor da Cruz, no período da guerra da Independência da Bahia. A fachada assimétrica tem poucos ornamentos rococós, acrescentados numa segunda intervenção no século XVIII. Originalmente tinha apenas uma porta, que foi aumentada para três. Tem sacristia improvisada, dividida com outra dependência do convento. O claustro, do lado esquerdo do prédio, é de pequeno porte e ainda se divide com corredor de circulação, separando-o do corpo da Igreja. Foi sede do Seminário da Arquidiocese de São Salvador, até 1856. Mais recentemente foi ocupado com a Reitoria da Universidade Católica de Salvador.

NAVE DA IGREJA DE NOSSA SENHORA DA PALMA

A nave é única de pequenas dimensões. Além do altar-mor possui dois altares colaterais menores e dois altares laterais de maior porte, ambos cercados por pinturas de grande porte, com cenas referentes à igreja católica. Entre os quadros na parte superior aparece uma tribuna e em espaço mais inferior púlpitos de ambos os lados. Como muitas igrejas de Salvador, a decoração interna da Palma conjuga estilo rococó, misturado ao neoclássico. O forro é coberto por pintura barroca, em perspectiva ilusionista e foi atribuído, como o forro da Lapa, a Veríssimo de Souza Freitas. Por ocupar um espaço menor, no forro foram usadas reproduções de elementos de sustentação, como pilares e colunas, em perspectiva, culminando com a imitação de uma cúpula vazada por janelas transparentes. Ainda possui imagens dos séculos XVII e XVIII, como a de Santo Agostinho e de Santa Helena, esta atribuída ao escultor Bento Sabino dos Reis, sem indicar a autoria da encarnação e pintor dessa obra. Ao fundo tem o coro simples, com gradeado de madeira.

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