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21 de junho - Exposição virtual "Olhares sobre as Igrejas"

IGREJA DE SANTO ANTÔNIO ALÉM DO CARMO

Como todas as demais igrejas tradicionais da Bahia, a Igreja de Santo Antônio Além do Carmo teria se iniciado a partir de uma pequena capela em 1594, promovida por Cristóvão de Aguiar Daltro. Deve-se abrir parênteses para dizer que a entrada da cidade, de pessoas vindas do Recôncavo, até 1949, se dava por esse caminho. Em 1648 a igreja tornou-se sede da freguesia de Santo Antônio Além do Carmo, a partir de quando se promoveu a reconstrução e ampliação do edifício. Consta, atestado pelo Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, que a Igreja serviu de guarita para os holandeses, nas suas tentativas de tomar a Bahia, no século XVII. Tanto no interior, quanto exteriormente, o edifício tem linhas simples, quase sempre sustentada por colunas e frontões neoclássicos simplificados. A mudança de molduras dos vãos, portas e janelas, óculos e abertura da torre sineira não determinam estilo específico. Apenas no interior existe uma mistura de ornamentos que nos permite classificá-los de ecléticos. Tem a capela-mor alta, com dois altares colaterais nos cantos do início da nave, bem como altares incrustados nas paredes para abrigar a galeria de seus santos protetores. As tribunas, como aconteceu em várias outras igrejas, são protegidas por parapeitos e servem para clareamento e ventilação do interior da Igreja. O teto da capela mor, combinando óculos e altares, são arrematados em forma de nervuras neogóticas, adaptadas à simplicidade do edifício religioso baiano.

NAVE DA IGREJA DE NOSSA SENHORA DE ESCADA

Nasceu como uma pequena ermida como título de Nossa Senhora da Conceição da Escada, no século XVI, em lugar característico da zona rural, hoje conhecido como bairro de Plataforma. Transformou-se em capela, de pedra e cal, construída pelo português Lázaro Arévolo. A capela passou para a propriedade dos Jesuítas, em 1572, até sua expulsão, em 1759. A sineira, bem como o alpendre são posteriores. A primeira foi construída ao lado direito da fachada da capela, tendo acesso por escada externa. O alpendre passou a servir de abrigo àqueles que acessassem a capela em dias de sol ou de chuva. As grades são de elaboração recente. Como as capelas mais populares, têm nave única, telha vã, mantendo, ainda, as recomendações tridentinas, representadas pela grande cruz sobre o altar. Consta que o altar-mor do século XIX ainda continha a imagem de sua padroeira, Nossa Senhora da Escada, originariamente do século XVIII. A fachada foi, como o alpendre, reconstruída numa reforma, realizada pelo IPHAN, em 1966, a título de restituir o aspecto original da Igreja. A sineira também sofreu modificações.

IGREJA DE NOSSA SENHORA DA PENHA

Francisco Medeiros e Antônio Cardoso de Barros iniciaram a construção do primitivo Engenho de Cristo, que foi concluído por Mem de Sá, e construíram a Capela da Penha.Teria dado origem à igreja setecentista, localizada no bairro da Ribeira, na Cidade Baixa, na Península de Itapagipe, construída pelo arcebispo José Botelho de Matos, junto a sua casa de verão. Foi ocupada por várias irmandades até ser oficialmente incorporada ao Palácio de Verão dos Arcebispos, unidos por uma logia. De fachada tradicional do período, tem três portas com três janelas sobrepostas, frontão com óculo e adornos em volutas rococós encimado por pequena cruz. As paredes de alvenaria têm paredes decoradas de azulejos. Tem torre lateral direita, em três estágios, também guarnecida com janela, óculo e abertura nas janelas dos sinos. O interior da Igreja é de nave única, com corredores laterais. Tem dois púlpitos suspensos nas paredes laterais. Possui três altares, um altar-mor e dois colaterais, em estilo barroco. O forro é em caixotão, coberta por pintura de autor desconhecido.

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