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IGHB lembra os 180 anos de nascimento de Andre Rebouças

A história de vida e as lutas que o engenheiro, empresário, professor e jornalista baiano André Rebouças (1838-1898) travou pelo fim da escravidão, pela defesa de direitos sociais para a população negra - tão logo o regime escravocrata fosse abolido - e pelo desenvolvimento nacional.André Rebouças – O Abolicionista que Pensou o Brasil é tema de seminário que o Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHBa) realizará no próximo dia 10 de abril, às 17 horas.

O evento pretende apresentar ao público um perfil desse baiano de Cachoeira que Joaquim Nabuco, considerado por muitos o principal líder abolicionista brasileiro, um dia definiu como “o único homem universal pelo espírito e pelo coração” que conhecera, tal a dedicação e o fervor de André Rebouças na campanha abolicionista.

O encontro é comemorativo dos 180 de nascimento de André Rebouças, que transcorreu no último dia 20 de janeiro – época em que o IGHBa estava em recesso – e terá a participação do jornalista e pesquisador Jorge Ramos, de Lázaro Cunha, do Instituto Mídia Étnica, e do pesquisador Cacau Nascimento.

ENGENHEIRO MODERNIZADOR

Ao lado de sua intensa atividade abolicionista, André Rebouças foi também professor da Escola Politécnica e participou da Guerra do Paraguai, na Arma de Engenharia do Exército. Como engenheiros, ele e o irmão Antonio projetaram e acompanharam a execução de importantes obras como as ferrovias Curitiba/Paranaguá, no litoral do Paraná, considerada até hoje um arrojado projeto de engenharia. Eles também foram responsáveis pelos projetos das ferrovias Paraná/ Mato Grosso e a primeira ferrovia da Paraíba.

André Rebouças e o irmão fizeram em meados do século XIX viagens à Inglaterra, então no auge da Revolução Industrial, e conheceram instalações dos maiores estaleiros do mundo à época. Nos Estados tiveram contato com a então nascente industrialização do país, conhecendo fábricas, manufaturas e o sistema migratório, que tentaria implantar no Brasil. Para ele, os negros emancipados e os imigrantes deveriam ter acesso a glebas de terras para cultivar e produzir.

Como empresário, André Rebouças elaborou projetos e constituiu empresas para captação de recursos no Brasil e no Exteriorvisando obter concessões públicas para construir e explorar portos, docas, ferrovias e sistemas de abastecimento de águas e esgotos em diversas partes do país. Mas seus projetos foram boicotados por bancos e investidores, por conta de seu engajamento na causa abolicionista e também pelo racismo que enfrentou em diversas fases ao longo da vida. O monarquista André Rebouças pertencia ao círculo de amizades da família imperial brasileira e era amigo pessoal do Conde D’Eu, genro do Imperador Pedro II. Quando eclodiu o golpe militar que instaurou a República, em 1889, André Rebouças acompanhou Dom Pedro II e toda a família imperial no exílio. Depois de morar em Portugal e na França foi trabalhar em Angola, onde passou uma temporada. Morreu em Funchal, na Ilha de Madeira, aos 60 anos, sem nunca ter voltado ao Brasil.

Coordenação geral: Jorge Ramos

IGHB - uma das instituições culturais apoiadas pelo programa Fundo de Cultura, da Secretaria de Cultura do Governo do Estado da Bahia

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