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BIBLIOTECA

A biblioteca é um espaço estratégico e político de alta relevância para a humanidade, porque é nele que o saber das gerações, seja no campo das artes, da cultura, das letras e das ciências está preservado.

Trata-se de um espaço democrático e uma fonte inesgotável de conhecimento. Fruto de gerações, que se dedicaram e se dedicam à escrita solitária de reflexões histórico-científica, proposições, de memórias, de experiências de vida, do comportamento político-histórico e cultural e da revelação dos costumes de cada época, para que muitos leitores possam interagir e perpetuar a memória histórica de seu povo. Estudar o passado de um povo é preparar a futura história de cada um de nós.

 

A CRIAÇÃO DA BIBLIOTECA RUY BARBOSA

 

A criação da Biblioteca Ruy Barbosa se deu concomitante à fundação do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia – IGHB, em 1894. Com a finalidade de arquivar as tradições e documentos, concernentes à geografia e a história, a arqueologia, a etnografia, e as línguas dos indígenas do Brasil, e especialmente deste Estado, ela constitui um expressivo acervo bibliográfico sobre a história da Bahia.  Acresce-se a isto, ser depositária do acervo da inteligência e da história da humanidade. Esta Biblioteca é considerada uma das mais antigas do estado da Bahia.

 

As primeiras coleções dessa memória histórica foram sendo construídas a partir das doações dos sócios fundadores e de simpatizantes da causa. Educadores, empresários, políticos e profissionais liberais de variadas áreas do saber. Aos poucos, eles foram retirando de suas estantes importantes livros para compor este acervo, que hoje é conservado nesta Biblioteca. Muitas dessas obras estão organizadas e expostas em estantes de jacarandá desenhadas e talhadas especialmente para este fim.

 

Destaque de algumas coleções que enriquecem o acervo desta histórica biblioteca:

  • Coleção Brasiliana, da Editora Nacional, da qual a biblioteca possui a coleção quase completa

  • Coleção Theodoro Sampaio

  • Coleção Viagens ao Brasil

  • Miniatura de Magni Des. Erasmi publicado em 1642

  • Miniatura H. Grotii publicado em 1645

  • Os Luzíadas Camões publicado em 1880

  • Vida o Apostólico Padre Antônio Vieira da Companhia de Jesus publicado em 1837

  • A Bíblia publicada em 1579

  • O Catálogo de Obras Raras

A Biblioteca iniciou o seu acervo com pouco mais de setecentas obras. Naquela época, era norma ao associar-se ao IGHB, doar objetos ou obras de valor histórico ou científico para assim constituir o grande acervo que hoje se mantem preservado.

 

A Biblioteca tem catalogados mais de trinta mil obras. O destaque desse acervo são as obras raras, de referências publicadas desde o século XVI, de autoria dos clássicos da humanidade. Destacam-se entre elas a Enciclopédia Francesa datada de 1750 dos iluministas d’Alembert e Diderot. Outra obra de destaque é um exemplar com desenhos e aquarelas sobre cenas brasileiras de autoria de Gaspar Barleus. Este autor fez companhia a Maurício de Nassau a Pernambuco, quando da ocupação holandesa entre 1630 a 1654. Trata da história do reinado de Maurício de Nassau em Pernambuco e foi publicada por importante tipografia holandesa a Ioannes Blaeu, Amsterdã. Composta por 340 páginas e 56 ilustrações. Esta obra compõe publicações sobre o Novo Mundo que foram surgindo nas Províncias a partir do século XVI. Período este que se deve ao início das expedições neerlandesas em volta do mundo.

 

Acresce-se a este acervo o Dicionário em tupy do Padre José de Anchieta. Assim, ao longo desses séculos a biblioteca Ruy Barbosa foi ampliando e agregando valores ao seu acervo à proporção que novas aquisições são feitas e também outras doações vão sendo recebidas. Os leitores encontrarão textos escritos por Rocha Pita, Varnhagen, Debret, Frei Vicente do Salvador e tantos outros estudiosos da historiografia brasileira.

 

Compõe este acervo livros de geografia, história, antropologia, genealogia, sociologia, arqueologia, etnografia da Bahia e línguas do Brasil, além das ciências e artes. Incluem-se também livros nos quais tratam de vida e obra do Patrono da biblioteca. A coleção de Ruy Barbosa, embora incompleta, é referência pela sua completude de ideias e sabedoria além de seu tempo.

 

O conteúdo que se destaca nas pesquisas e leituras dos leitores que frequentam a biblioteca está vinculado à cultura afro-brasileira.

A maior parte desses livros são oriundos de doações de leitores, sócios, simpatizantes, além de aquisições com recursos oriundos de editais específicos.

 

O Catálogo de Obras Raras é também um instrumento que permite o acesso a informações datadas do século XVI até o século XIX. Foram catalogados 624 obras e, atualmente, encontra-se em fase de catalogação de novos títulos. Destaca-se neste acervo a Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia com a periodicidade regular desde 1894 até a presente data. Esta Revista estará disponível no site do Instituto em breve.

A Biblioteca dispõe no seu acervo o periódico crítico Alabama, fonte de pesquisa social, editado em 21 de dezembro de 1863 o seu primeiro exemplar. Ele contribui para a identificação dos terreiros de candomblé da época na Bahia.

 

Na Biblioteca encontram-se ainda os jornais de circulação. Destacam-se entre eles os jornais A Tarde, Tribuna da Bahia e Correio da Bahia.

 

O acervo desta Biblioteca é regularmente atualizado com obras recém editadas e também é mantida a assinatura de periódicos cuja finalidade é a de contribuir como fonte de informação ao público leitor.

 

ESPAÇO DA MEMÓRIA PERIÓDICA

 

HEMEROTECA I é o espaço no qual estão conservados os jornais datados do século XIX como: Correio de Notícias (1892), Diário da Bahia (1856), Diário de Notícias (1875), A Bahia (1896), o Jornal de Notícias (1880), Diário Oficial (1915) e a Gazeta do Povo (1907).

 

HEMEROTECA II é o espaço no qual estão conservados os jornais: A Tarde (1913), Tribuna da Bahia (1969) e o Correio da Bahia (1979). Outros jornais do interior da Bahia que circularam por um tempo determinado estão também no espaço de memória periódica desta Biblioteca. A relação desses títulos se encontra na biblioteca on-line.

 

 

DESTAQUES

Os registros no livro de empréstimo da Biblioteca, sobre leitores e sócios frequentadores destacados a partir da década de 50 no século passado, confirma-se a frequência, dentre outros, de:

  • Antonieta D’Aguiar Nunes (1960)

  • Cid Teixeira (1966)

  • Consuelo Pondé de Sena (1955)

  • Francisco Conceição Menezes (1958)

  • Francisco Magalhães Neto (1956)

  • Hildegardes Viana (1955)

  • José Calasans (1955)

  • Luis Henrique Dias Tavares (1955)

  • Maria Tereza Carneiro Ribeiro (1974)

  • Edivaldo Machado Boaventura

 

POLÍTICA DE PUBLICAÇÃO

O selo COLEÇÃO MEMÓRIA DO IGHB é uma iniciativa desta gestão, cuja finalidade é de reeditar obras históricas mais pesquisadas (livros e revistas) que estejam em domínio público e que tenham o seu manuseio restrito para preservação; obras consultadas com maior frequência; obras requisitadas para aquisição que não se dispõe de exemplares.

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