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IGHB reúne entidades para planejar eventos sobre os 400 anos da Invasão Holandesa à Bahia


Por iniciativa do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB), diversas entidades e instituições culturais estão se reunindo com o objetivo de elaborar uma programação conjunta sobre os 400 anos da Invasão Holandesa à Bahia, ocorrida em 1624. A ideia, segundo os idealizadores, é criar uma ampla programação de eventosaté 1º de maio de 2025, quando a expulsão dos invasores da Bahia também completará seu quarto centenário.


Está sendo discutido o planejamento de diversas atividades como conferências, palestras, debates, simpósios, cursos, visitas guiadas a locais e sítios onde se registraram alguns atos desse episódio histórico, além de exposições com peças iconográficas e também o lançamento de livros e textos clássicos que tratam desse que foi o maior conflito ocorrido na Bahia durante a era colonial. No Mosteiro de São Bento, um dos locais invadidos e onde houve combates, estão previstas outras atividades, entre as quais a realização de um ato religioso em memória dos que tombaram no local, resistindo aos invasores.


HISTÓRIA


Em 8 de maio de 1624 uma frota holandesa de 26 navios, conduzindo 3.400 militares, chegou à Baía de Todos os Santos. Sem encontrar a menor resistência, pois a cidade não dispunha de um eficiente sistema de defesa, no dia seguinte eles desembarcaram na Ponta do Padrão (atual Farol da Barra) e desceram à praia. Abrindo picadase passando pelo atual Corredor da Vitória eles avançaram até o primitivo Mosteiro de São Bento, na época situado a poucos metros de uma das muralhas construídas no tempo de Tomé de Souza e destinadas a proteger a cidade. O templo foi invadido, saqueado e ocupado, tendo sido transformado em quartel general das forças holandesas.


Em seguida eles avançaram até a atual Praça Municipal. Lá, incendiaram o Senado da Câmara e invadiram o Palácio do Governo, prendendo o governador Diogo de Mendonça Furtado. Em 24 horas a capital do Brasil Colônia estava dominada. Assustada,  a população fugiu para as matas situadas no entorno de Salvador e tentou resistir organizando ações de guerrilha. Durante a ocupação de Salvador, os holandeses saquearam igrejas, a Alfândega, quartéis, prédios públicos e casas particulares. Como resposta à invasão e para socorrer a capital do Brasil, a Espanha, que na época governava Portugal, na chamada União Ibérica, enviou uma poderosa esquadra com 56 navios de guerra e 12 mil homens. Essa expedição, que ficou conhecida como a Jornada dos Vassalos, derrotou os invasores holandeses. Eles assinaram a rendição em 1º de maio de 1625 e se retiraram da Bahia.

 

Comitê de entidades


Além do IGHB participam, por enquanto, do comitê informal de entidades, a Associação Bahiana de Imprensa (ABI), Mosteiro de São Bento da Bahia,Fundação Flávia Abubakir,  Museu Costa Pinto, Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB),  Arquivo Público da Bahia (APB) e Assembleia Legislativa, através da ALBA Cultural. A coordenação está buscando ampliar o comitê e buscará o engajamento, apoio e cooperação de outras entidades e instituições, públicas e privadas, como a Câmara Municipal de Salvador, secretarias, estadual e municipal, de Cultura e a Arquidiocese de Salvador. 



 

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