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IGHB promove Seminário “A Música na Cidade da Música”, com palestras e apresentações musicais, dia 9 de setembro 


 


O Instituto Geográfico e Histórico da Bahia lembra o Dia da Música com base na Lei 8.681/15, que reconhece a atividade dos organistas e valoriza a prática dos órgãos de tubos em Salvador. E para celebrar a memória musical de Salvador e seus contornos culturais, educacionais e patrimoniais dentro e fora do Brasil, além de comemorar os 20 anos do Movimento Órgão Vivo, os 100 anos de nascimento de Jaime C. Diniz e os 465 anos de Arte Organística no Brasil, será realizado o Seminário “A Música na Cidade da Música”, sob a coordenação do professor Marcos Santana, dia 9 de setembro de 2024, das 14h às 18h, com palestras, exposições e apresentações musicais.

 

Serão palestrantes os professores Sérgio Dias (UFPE) e Wheldson Rodrigues Marques (Instituto Ricardo Brennand) e o arquiteto Hermano Guanaes (IPHAN). Falarão, respectivamente, sobre “Um tributo biográfico-musical ao Padre Jaime Cavalcanti Diniz”, “Acervo Padre Jaime Diniz: uma abordagem pós-custodial” e “Órgão de tubos: patrimônio brasileiro”.

 

As homenagens serão centralizadas no centenário do padre, musicista, professor, estudioso, pesquisador e escritor Jaime Diniz, que se tornou um dos mais proficientes intelectuais do seu tempo. Exerceu atividades acadêmicas com a mesma inteireza com que se dedicava ao sacerdócio. Produziu uma variedade de estudos sobre o desenvolvimento da música no Brasil. Foi pioneiro no levantamento sistemático de informações sobre a atividade organística na Bahia. Sua pesquisa abrange fontes primárias que remontam ao recuado século XVI e se estendem até a primeira metade do século XIX. Seu legado musicológico se tornou referência obrigatória para pesquisadores. Esse ilustre pernambucano ainda não recebeu da Bahia o devido reconhecimento de gratidão, pelo abnegado trabalho que realizou durante décadas, desenvolvido no mais completo anonimato; pesquisando e sistematizando a atividade musical inscrita nos arquivos eclesiásticos de Salvador.

 

A programação ainda integra as apresentações musicais da Camerata Quadro Solar, da Orquestra Sinfônica da Bahia e do renomado pianista Arthur Dante (NEOJIBÁ). Com destaque no cenário nacional e premiações em concursos de piano, Dante atua como concertista e realiza recitais de piano solo. Em sua trajetória participou de masterclasses com pianistas como Cristian Budu, Richard Kogima, Ricardo Castro e Johan Botes, além de sua participação na renomada Saline Royale Academy, em Arc-et-Senans, na França.

 

Esta é a quarta edição do seminário, promovida pelo IGHB e dedicada a memória musical de Salvador que remonta a quase cinco séculos e está diretamente ligada ao plano de expansão territorial e religiosa, arquitetado em Portugal. E para se ter a dimensão da importância que a prática dos órgãos de tubos tinha naquela época, D. Pedro Fernandes Sardinha, primeiro bispo do Brasil, fez pedido ao rei para enviar mais instrumentos, pois os indígenas ficavam encantados quando ouviam os sons produzidos por aquele maravilhoso invento.

 

Em 1559, a urgência para estruturar a atividade musical ensejaria a criação do cargo de organista, atividade que com o passar do tempo atingiu níveis de excelência, sendo comparada ao que se praticava na Sé de Lisboa.

Os órgãos de tubos constituem elementos indispensáveis na liturgia, além de compor a ornamentação dos templos com a sua grandiosa caixa e a sua sonoridade inconfundível.

 

Instrumentos musicais bastante complexos, custosos e de difícil execução, os órgãos de tubos são testemunhas documentais de um período de fausto religioso mantido pela coroa portuguesa e pelos senhores de engenho e comerciantes instalados na colônia brasileira.

 

Há 20 anos o Núcleo de Amigos dos Órgãos de Tubos – NAOT, através do Projeto Memória Musical iniciou uma campanha de sensibilização comunitária e de educação patrimonial e os resultados são surpreendentes. Pessoas e instituições que ignoravam completamente o que seria e o que representava o órgão de tubos no interior de um templo, passariam a integrar o movimento e a apoiar as iniciativas pela continuidade e renovação da prática considerada a mais antiga do país. 

 

Recentemente, a Igreja do Bonfim reinaugurou festivamente o órgão de tubos desativado há 50 anos e estava prestes a ser descartado. Um bom motivo para festejar. Mas a grande maioria dos instrumentos dos séculos XVIII e XIX, que se encontram silenciados no interior das igrejas de Salvador, ainda sofre ameaça de extinção: isso deveria preocupar.

 

PROGRAMAÇÃO DO EVENTO

 

14h - Abertura  

14h30 - Sessão Biografia Musical – Tributo Jaime C. Diniz: 100 anos de nascimento “Pro Eclesia Dei, Pro Patria, Pro Arte

Palestrantes: Prof. Dr. Sérgio Dias - UFPE (Um Tributo Biográfico-Musical ao Padre Jaime Cavalcanti Diniz) e Ms. Wheldson Rodrigues Marques, do Instituto Ricardo Brennand do Recife (O Acervo do Padre Jaime C. Diniz no Âmbito da Biblioteca Antônio Gonsalves de Mello)

15h: Palestra - Políticas de salvaguarda dos órgãos de tubos históricos de Salvador

Palestrante: Hermano Guanaes (IPHAN)

16h - Apresentação da Camerata da OSBA, Quadro Solar

17h - Apresentação do pianista Arthur Dante (NEOJIBA)

17h30 – Agradecimentos

 

SERVIÇO

A Música na Cidade da Música

9 de setembro de 2024, das 14h às 18h

Sede do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia

Avenida Joana Angélica, 43 – Piedade

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