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Encontro dos Institutos Históricos do Nordeste terá dupla comemoração na Bahia, em 2023

DOCUMENTO FINAL DO VII CONGRESSO DOS INSTITUTOS HISTÓRICOS DO NORDESTE



Presidente do IGHB, Eduardo Morais de Castro, atento ao encontro virtual


Os Institutos Históricos do Nordeste, reunidos no seu VII Congresso, ocorrido a partir de Aracaju, de 13 a 15/07/2021, reafirmaram a importância destas instituições na vida cultural brasileira, empenhadas que estão na guarda da memória, na difusão da pesquisa histórica, no estímulo aos estudos geográficos, arqueológicos, genealógicos e culturais, realçando os acervos que mantêm à disposição dos pesquisadores e os rituais que preservam a celebração de marcos identitários.


Presentes em todos os estados e em vários municípios da região, os Institutos Históricos encaram dificuldades de manutenção e sobrevivência que foram agravadas pela situação de pandemia ora enfrentada pelo País. Muitos Institutos diminuíram os seus dias de funcionamento ou até suspenderam temporariamente as atividades presenciais, embora não tenham saído de cena, mantendo reuniões, cursos, palestras, programas e sessões comemorativas em modo virtual, ajustando-se às mídias sociais e cuidando da edição das suas revistas.


Contra todas as adversidades, estas instituições privadas, sem fins lucrativos, continuam prestando um incontornável serviço à sociedade, pelo qual nem sempre têm recebido o necessário apoio. Desde os institutos centenários presentes em grande parte dos estados, até os mais jovens institutos municipais, todos têm se mostrado resilientes e capazes de revitalizar-se. Mas este imenso esforço pode ser insuficiente, considerando o quadro atual, em que muitos deles deixaram de receber apoio oficial e tiveram perdas de rendas que garantiam a sua manutenção.


Pretendendo apontar saídas, os Presidentes dos Institutos que se manifestaram nas sessões do VII Congresso dos Institutos Históricos do Nordeste, não se limitaram à denúncia da situação e ao apelo à necessária cooperação do poder público, mas estimularam os Institutos Históricos a se organizarem para a busca de captação de recursos, a ampliarem as suas formas de articulação, união e troca de experiências, a estarem dispostos à parceria entre institutos e à atualização constante no uso das mídias sociais.


Os Presidentes avaliaram unanimemente o sucesso do Congresso realizado de forma virtual, parabenizando o Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe e destacando a possibilidade de maior comunicação por esse meio, assim como a necessidade de ocorrência de reuniões e encontros visando à condução das comemorações do Bicentenário da Independência do Brasil, a ocorrer em 2022. A este respeito o Congresso firmou posição que encoraja o debate sobre a interpretação única, centrada no processo ocorrido no Sudeste do Brasil, convocando todos à pesquisa e à produção historiográfica sobre os processos da Independência vivenciados nos diversos estados do Nordeste, rejeitando o entendimento de que essa produção seja vista como historiografia regional, distinta da historiografia nacional.






Na reunião que encerrou os trabalhos foi escolhido o local que deverá abrigar o VIII Congresso dos Institutos Históricos do Nordeste. Presentes ou representados, os Presidentes dos Institutos Históricos da Bahia, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Paraíba e Piauí, foi aclamada a proposta apresentada pelo Presidente do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, que se dispôs a realizar o VIII Congresso em 2023, quando da celebração do bicentenário do 2 de julho e do centenário do prédio do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia.


Aracaju, 15 de julho de 2021.



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