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TRABALHADOR DA NOTÍCIA: PARTIU CONSUELO, A DERRADEIRA MUSA DE CASTRO ALVES

Poucos dias de ser internada para combater uma pneumonia que já a abatia muito, a Professora Consuelo Pondé de Serna, 81, publicou seu derradeiro artigo na Tribuna da Bahia, onde era colunista, falando de como se sentia e da percepção de que chegava a hora da partida."Não tenho certeza de que voltarei a ser a mesma, porque senti na pele a fragilidade da nossa condição humana e me sinto outra pessoa". Hoje cedo uma arritmia cardíaca levou-lhe o último sopro de vida.

Irreverente desde jovem, e absolutamente destemida nesses últimos anos de vida, Consuelo usava e abusava da licença que lhe concedia a sua trajetória de intelectual e cidadã baiana, absolutamente apaixonada pela Bahia. E exercia essa autoridade pessoal em favor da causa da preservação da nossa memória, nos cinco mandatos como presidente do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB).

Deixa uma bela família e uma legião de admiradores, como este blogueiro, que teve o privilégio de conhecê-la e com ela conviver na Associação Bahiana de Imprensa. Consuelo Pondé de Sena partiu cedo, mas não tão cedo a ponto de dizer-se da sua perda, neste 14 de maio de 2015. Pessoalmente, nunca gostei de usar esse termo para falar de pessoas que tiveram uma existência razoavelmente longa e souberam deixar, como ela, uma marca indelével da sua passagem por esta vida. Para este seu fã, Consuelo simplesmente partiu.

Deixa pelo menos duas obras importantes inconclusas. A primeira, com a qual deve se comprometer quem valorizava a sua luta em defesa da Casa da Bahia, é a recuperação do prédio e do acervo do Instituto. A outra, segundo sua biografia publicada no site do IGHB, ficará como marca da saudade que ela deixa: o livro Consuelo, a derradeira musa de Castro Alves.

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